Sentir dor ou travamento no joelho pode virar um problema diário. A plica sinovial interposta sintomática é uma causa pouco conhecida, mas tratável. Neste artigo você vai entender o que é, como diagnosticar e quais tratamentos funcionam na prática.
Introdução rápida
Um cirurgião de prótese de joelho em Goiânia destaca que se o seu joelho estala, dói ao dobrar ou parece “travar”, pode ser mais do que desgaste. A plica sinovial interposta sintomática ocorre quando uma prega do revestimento interno do joelho se prende entre estruturas articulares. Isso gera incômodo, inflamação e limitação de movimento.
Vou explicar sinais claros, exames úteis e um passo a passo de tratamentos simples a cirúrgicos. No final você terá orientações práticas para conversar com seu médico e decidir o melhor caminho.
O que é a plica sinovial interposta sintomática?
A plica é uma dobra de tecido sinovial presente em muitas pessoas desde o nascimento. Quando essa dobra fica interposta entre o fêmur e a patela ou entre outras superfícies articulares, pode causar atrito.
Nem toda plica é sintomática. A plica sinovial interposta sintomática é o quadro em que essa dobra provoca dor, inchaço ou bloqueio mecânico.
Causas comuns
- Trauma: Uma pancada ou torção pode inflamar a plica.
- Sobrecarga: Atividades repetitivas que forçam o joelho, como corrida ou movimentos de agachamento.
- Inflamação crônica: Doenças que irritam a membrana sinovial podem tornar a plica mais espessa.
Sintomas que chamam atenção
- Dor anterior: Desconforto na frente do joelho, especialmente ao subir escadas.
- Estalidos ou crepitação: Sensação de fricção ao dobrar e estender o joelho.
- Bloqueio ou travamento: O joelho pode “travar” por segundos, como se algo estivesse preso.
- Inchaço leve: Episódios de derrame articular após esforço.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico e se baseia na história e exame físico. O médico procura por pontos dolorosos e testa movimentos que reproduzam o sintoma.
Exames de imagem ajudam a confirmar e excluir outras causas. A ultrassonografia pode mostrar grosso modo a plica inflamada. A ressonância magnética é mais sensível para avaliar a membrana sinovial e lesões associadas.
Em alguns casos, a artroscopia diagnóstica é usada quando há dúvida ou sintomas persistentes.
Exames importantes
- Raio-X: Exclui fraturas e alterações ósseas.
- Ressonância magnética: Avalia a plica e estruturas internas.
- Ultrassom: Útil para avaliação dinâmica e inflamação.
Tratamento: do conservador ao cirúrgico
O primeiro passo é sempre tentar tratamentos conservadores. A maioria responde bem sem cirurgia.
Medidas iniciais
- Repouso relativo: reduzir atividades que causam dor.
- Gelo: aplicar 15 a 20 minutos várias vezes ao dia nas crises.
- Anti-inflamatórios: uso por curto período conforme orientação médica.
- Fisioterapia: foco em alongamento, fortalecimento de quadríceps e controle neuromuscular.
Fisioterapia bem orientada costuma reduzir dor e melhorar o padrão de movimento, diminuindo o atrito da plica.
Infiltrações
Em casos persistentes, uma infiltração com corticosteroide na articulação pode reduzir a inflamação e permitir a reabilitação. A decisão leva em conta a resposta aos tratamentos anteriores e o quadro clínico.
Cirurgia (artroscopia)
Se os sintomas não cedem com medidas conservadoras, a artroscopia para resseção da plica é uma opção. O procedimento é pouco invasivo e permite retirada da prega inflamada.
A indicação cirúrgica considera a intensidade dos sintomas, limitação funcional e falha do tratamento conservador.
Como é a recuperação após a cirurgia
- Pós-operatório imediato: Analgesia, gelo e orientação para marcha com peso conforme prescrita.
- Reabilitação precoce: Iniciar fisioterapia nas primeiras semanas para recuperar amplitude de movimento.
- Retorno às atividades: Atividades leves podem voltar em semanas; esportes de contato exigem mais tempo.
A maioria dos pacientes apresenta melhora significativa da dor e da função. Complicações são raras quando o procedimento é bem indicado.
Prevenção e cuidados práticos
- Fortalecimento: Mantenha quadríceps e isquiotibiais fortes para estabilizar o joelho.
- Alongamento: Alongue cadeia posterior e músculos da coxa para reduzir tensão.
- Técnica esportiva: Ajuste movimentos de corrida e agachamento para reduzir impacto.
Quando procurar um especialista
Dr. Ulbimarar, que atua com foco em cirurgias do joelho, recomenda a avaliação se a dor limita atividades, existe bloqueio frequente ou se o tratamento caseiro não ajuda em 4 a 6 semanas. Em quadros complexos ou recidivantes, o encaminhamento para um cirurgião é apropriado.
Perguntas frequentes
A plica sinovial interposta sintomática some sozinha?
Algumas melhoram com repouso e fisioterapia. Mas se houver prega espessada e mecânica de bloqueio, a melhora completa pode exigir procedimentos.
Existe risco de artrose por causa da plica?
A plica isoladamente não costuma causar artrose. No entanto, atrito crônico pode levar a lesões da cartilagem que merecem atenção.
Conclusão
Plica sinovial interposta sintomática é uma causa tratável de dor e travamento no joelho. Comece com medidas conservadoras, use fisioterapia e avalie infiltração quando necessário. Se não houver melhora, a artroscopia para ressecar a plica é uma solução eficaz em muitos casos.
Converse com seu médico, siga a reabilitação e aplique as dicas para reduzir dor e recuperar função. Se precisar, busque avaliação especializada para confirmar o diagnóstico de plica sinovial interposta sintomática e decidir o melhor tratamento.